Friday, December 26, 2008

O fim. Será?

É o fim.

Hora de catar os cacos, de juntar o que sobrou. Cada pedacinho. As lembranças, as felizes, parecem tocar na ferida cada vez que vêm à mente. As tristes, essas nem aparecem, já bastam as que nos fazem arrepiar. Tudo parece cinza. Sensação estranha. Algo no estômago parece revolver-se, uma azia interminável. Isso se junta com uma sensação de vazio, de solidão.

É o fim. Mas é recomeço também. Como um sorriso aberto de manhã ao ver o dia ensolarado e uma brisa gostosa. Novas (outras) possibilidades se mostram. Tudo antes traçado agora parece inadequado, obsoleto. É tudo novo, está aí pra ser escrito, rabiscado, apagado e reescrito.

Tuesday, December 23, 2008

Solidariedade?

Nas últimas semanas está muito evidente nos noticiários a "solidariedade" que o brasileiro possui. Todo dia a imprensa insiste em mostrar um caso mais heróico que o outro.

Será que isso é solidariedade? Será que é só isso mesmo? Ajudar as pessoas no momentos mais agudos? Minha resposta é não. Solidariedade é querer para o outro o que se quer pra si, sem pieguice. É deixar de querer ser o melhor, relegando ao outro uma posicão de inferioridade. Essa fama horrososa (e totalmente verificável) de sempre se querer levar vantagem em tudo é o que nos destrói, o que nos corrói. Não se tem, na verdade, a noção do que esse tipo de atitude acarreta.

Desviar dinheiro de um hospital é não ter solidariedade. Quantas pessoas se está matando com isso? Pensemos. E aquela obra de contenção do rio, aquele que, quando deu a chuvarada inundou tudo e desalojou centenas de pessoas? Cadê a solidariedade? São milhares de pessoas, todos os dias, em todos os cantos do país, necessitando do mínimo de estrutura simplesmente porque uma outra (na verdade um grupo, muito menor) não teve um fio de solidariedade.

O imediatismo é evidente. O "se dar bem" de hoje faz com que portas sejam fechadas no futuro. É necessária uma mudança radical de consciência. Talvez essa mudança seja muito grande para se alcançar. Por enquanto vamos tentando.

Começando

Ano Novo sempre vem coisa nova! Para bom e para ruim. Nossa, isso é muito recorrente. É tão óbvio, evidente, que parece até banal. A gente planeja, às vezes sai tudo diferente, errado ou certo. Deixa correr solto e acontece, é fantástico. O importante mesmo, pelo menos para mim, é extrair o melhor destas situações. Não é observar conformado tudo o que acontece não, longe disso. É viver, agir e depois refletir sobre as atitudes suas e das pessoas ao redor. Isso é o que mais engrandece, a pluralidade das coisas. Como algo pode ter tantas faces e ser e não ser.

Tudo junto.