Friday, November 19, 2004

Qualquer coincidência...

E se eu fosse o primeiro a voltar
pra mudar o que eu fiz,
quem então agora eu seria?

Tanto faz, que o que não foi não é.
Eu sei que ainda vou voltar,
mas eu quem será?

E se eu for o primeiro a prever
e poder desistir do que for dar errado?
Será que a vida seria sem graça?
Será que seria só felicidade?

Ah, ora, se não sou eu,
quem mais vai decidir o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!

Ah, se o que eu sou é também
o que eu escolhi ser
aceito a condição.

Bom, vou levando assim,
porque o acaso é amigo
do meu coração
quando fala comigo,
quando eu sei ouvir...

Wednesday, November 03, 2004

Tudo é possível

(Paulinho Moska)

Vou abandonar o que já sei
E acreditar no incrível
Pois foi por água abaixo aquele nosso plano infalível

E para suportar a dor de perceber
O seu desprezo ao me perder
Sei que preciso reinventar o amor
E colocá-lo novamente dentro de você

Quando eu modificar a imagem
Que aprisiona o seu pensamento
Você vai vencer o medo de viver e seus desdobramentos
E vai encontrar o caminho da beleza
Labirinto dado como perdido
E vai subir no alto de uma torre
Na alma do nosso castelo demolido

Tudo é possível, não há nada que se possa deter
O que era impossível acaba de acontecer

Eu sei que o Tempo é uma grande árvore
De galhos infinitos
E que o presente é o momento em que ela dá seu fruto mais bonito

E que amanhã tudo talvez
Nos apareça claro como foi no início
A mesma ilusão de amor nos faz saltar feliz
De um novo precipício

E então vamos sentir de novo
O gosto da eternidade
E confundir instantes de alegria com a real felicidade

Ou, sem percebermos,
Os dias irão passando como um trem sem estação
E lá estaremos nós com os pés no chão
Mas encostando o céu com a palma das mãos

Tudo é possível, não há nada que se possa deter
O que era impossível acaba de acontecer